quinta-feira, 15 de julho de 2010

Para minha mãe


Tanto tempo sem tempo de escrever por aqui.
Acabei de ler emocionada o texto que minha mãe me deu de presente de aniversário (http://baudadina.blogspot.com/2010_07_13_archive.html). E ela havia me dito que não tinha tido o bendito tempo para me comprar um presente. O melhor para mim é que ela nem notou o tempo precioso que gastou para me dar o melhor dos presentes - a expressão de seu sentimento. Pouco me importa se ela não perdeu tempo a rodar shoppings imaginando o que precisaria/desejaria ganhar de aniversário. O presente que ela me oferece não tem preço. E é também atemporal e imperecível. Ela de novo me leva às lágrimas por ser rara. Sim, rara é toda expressão de sentimentos neste universo selvagem; e mais raras ainda as pessoas capazes de expor o sentimento que muitas vezes machuca, outras tantas sopra como leve brisa anestesiando a ferida aberta .
Hoje eu quero apenas que ela saiba que sempre foi a mãe que se propôs a ser - superprotetora, sim, mas eu duvido que minha mãe fosse feliz sendo de outra forma, duvido que fosse feliz sem saber que fez o impossível para proteger sua cria de qualquer chance de infelicidade. Então, sim, todas as suas "inconviniências" e "erros" estão mais que justificados e perdoados.
Mãe, você é e sempre foi fiel ao seu senso de justiça. A mim resta tentar desenvolver meu próprio senso de justiça agora. A ambas de nós, basta nunca se deixar  esquecer quem é o maior e melhor Juiz e entregar nossas vidas nas mãos Dele, para que nunca exista aquela que parte e aquela que fica. Para que sempre exista a continuidade de uma na outra, ultrapassando todos os limites da compreensão humana.

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