terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Comer, rezar e amar

Recentemente assisti "Comer, rezar e amar". Talvez eu tenha sido uma das últimas a assistir, pois não fui ao cinema. Mas enfim minha hora chegou. Gostei muito do filme. Não gostei tanto assim da Liz, achei-a um tanto egocêntrica, mas gostei da sua busca por si mesma e com isso sim me identifiquei. Me identifiquei por ter abandonado tudo e arriscado viver algo totalmente novo e estranho por achar que era neste algo que meu verdadeiro "eu" estava - nova cidade, uma união, um filho. Não me arrependo. Me descubro mais a cada dia - mãe, esposa, amada, profissional, amante. Para trás família, amigos e uma vida atribulada. Família, saudades sempre... mas a certeza de que a herança é eterna - princípios, valores, caráter... amor. Amigos, alguns mais perto mostrando que a distância só reafirma uma amizade verdadeira. Outros sumindo como névoa no pé da serra ao romper do dia, mostrando que sua amizade só é real em climas oportunos. 
Sim, quando a gente se distancia de quem a gente era, a gente se enxerga melhor e tenta se renovar ou se manter no status atual. É bom ver de longe o seu lugar no espaço. É bom se ver como narrador em terceira pessoa, contar a si mesma sua própria história, sem desenhar um final, criando uma longa reticência e um "o que será?" que será respondido maturamente com suas próprias elocubrações de vida.
Ah... delícia de filme. Delícia de reflexão, de plenitude, de certeza de estar no caminho certo - o caminho da eterna busca por si mesmo e pela felicidade. 

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